Turquia detém 21 funcionários do RTUK em operação anti-Gulen
Vinte e uma pessoas que trabalhavam no Conselho Supremo de Rádio e Televisão (RTUK), a agência estatal turca de monitoramento, que regula e sanciona transmissões de rádio e televisão, foram detidos por supostas ligações com o movimento Gulen, que é baseado na fé.
Os funcionários do RTUK, que foram anteriormente suspensos de seus cargos devido às suas supostas ligações com o movimento, foram detidos como parte de uma investigação conduzida pelo Gabinete do Procurador-Chefe Público de Ancara logo em seguida a batidas da polícia em localizações das províncias de Ancara, Sanliurfa, Kahramanmaras, Istambul e Aksaray. Sete outros empregados do RTUK também estão enfrentando detenção como parte da mesma investigação.
Equipes de polícia também conduziram uma busca na sede do RTUK que fica no bairro Bilkent de Ancara.
A Turquia passou por uma tentativa de golpe militar em 15 de julho que matou mais de 240 pessoas e feriu outras mil. Imediatamente após a tentativa de golpe, o governo juntamente ao Presidente Recep Tayyip Erdogan colocaram a culpa no movimento Gulen.
Apesar de o erudito islâmico turco Fethullah Gulen, cujas opiniões inspiraram o movimento, e o movimento terem negado a acusação, Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – e o governo lançaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando elas sob custódia.
Cerca de 120.000 pessoas foram expurgadas dos órgãos estatais, mais de 80.000 detidas e mais de 36.000 foram presas desde a tentativa fracassada de golpe. Entre os presos estão: jornalistas, juízes, promotores, policiais, militares, acadêmicos, governadores e até um comediante. Os críticos argumentam que as listas de simpatizantes de Gulen foram feitas anteriormente à tentativa de golpe.
Fonte: www.turkishminute.com