Turquia oferece recompensa de 4 milhões por principal suspeito da tentativa de golpe
O Ministério do Interior turco anunciou que está oferecendo uma recompensa de 4 milhões de liras turcas por informações que levem à prisão de oito indivíduos que estão supostamente ligados ao movimento Gulen, que é baseado na fé, incluindo Adil Oksuz, o principal suspeito de uma tentativa de golpe fracassada em 15 de julho.
O ministério disse em uma declaração na terça-feira que os nomes de 37 pessoas que são procuradas por suas ligações ao movimento Gulen, que é acusado pelo governo turco de arquitetar a tentativa de golpe de 15 de julho, foram adicionados à lista do país dos “terroristas mais procurados”.
A lista leva os nomes e detalhes de centenas de pessoas de várias organizações terroristas, colocando eles em cinco categorias codificadas por cor de vermelha (os mais procurados) a azul, verde, laranja e cinza.
O nome de Oksuz juntamente a sete outros foram adicionados à categoria vermelha. Qualquer pessoa que forneça informações às autoridades turcas que leve à prisão das pessoas na categoria vermelha receberá uma recompensa de até 4 milhões de liras turcas.
Oksuz é acusado de ser o cabeça da suposta rede do movimento dentro das forças aéreas. Ele foi detido por um curto período após a tentativa de golpe.
A tentativa de golpe de 15 de julho matou mais de 240 pessoas e feriu outras mil. Imediatamente após a tentativa, o governo juntamente ao Presidente Recep Tayyip Erdogan colocaram a culpa no movimento Gulen, sem provas ou sequer evidências.
Apesar de o erudito islâmico turco Fethullah Gulen, que inspirou o movimento, e o próprio movimento terem negado a acusação, Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – e o governo lançaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do movimento das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando elas sob custódia.
Mais de 110.000 pessoas foram expurgadas de órgãos estatais, 82.000 detidas e 35.000 presas desde a tentativa de golpe. Entre os presos estão jornalistas, juízes, promotores, policiais, militares, acadêmicos, governadores, donas de casa e até um comediante.
O governo se refere ao movimento Gulen como FETO, que quer dizer Organização Terrorista de Fethullah Gulen. Apesar do fato de que o governo chamar o movimento de organização terrorista, um alto tribunal criminal na província Hatay no começo de outubro rejeitou um indiciamento contra supostos membros da FETO, dizendo que não existe uma organização dessas identificada oficialmente.
Fonte: www.turkishminute.com