Tortura re-emerge em prisões turcas após expurgo massivo
Um portal de notícias turco na sexta-feira iniciou uma série de artigos sobre o re-surgimento da tortura em prisões turcas logo após um golpe fracassado em 15 de julho, baseando-se em relatos pessoais de vítimas e suas famílias.
O portal de notícias idependente TR724 publicou as declarações da família do professor E. B., que foi torturado na prisão através da inserção de uma garrafa em seu ânus, que fez ele precisar de cirurgia para reparar a ruptura em seus intestinos. O site observou que para evitar ainda mais danos à vítima e sua família, eles apenas usaram suas iniciais.
O professor E. B. foi levado sob cutódia logo após o golpe frustrado de 15 de julho; sua família não foi notificada de sua localização, nem ele teve acesso a um advogado. No final, sua família encontrou registros em uma hospital de uma cirurgia pela qual ele passou devido à inserção de um objeto rígido em seu ânus.
Acabou que, mais tarde, apesar da falta de quaisquer evidências de um crime, o professor escolar E. B. foi forçado a “confessar” sob detenção e ameaçaram fazer mal a sua família. Incapaz de aguentar a tortura com uma garrafa, ele acabou sendo hospitalizado.
Apesar da clara evidência de tortura, os médicos foram forçados a emitirem um relatório médico declarando que a vítima não foi ferida de forma alguma.
Enquanto que E. B. ainda está preso com sérios problemas de saúde, sua família apenas consegue ver ele a cada duas semanas através de uma janela de vidro.
De acordo com a informação que o TR724 obteve, as iniciais dos policiais da Unidade Anti-Crime Organizado de Antália que torturaram o professor escolar E. B. são as seguintes: C. T., R. A. T., B. S. Y., M. T. G., T. K..
Fonte: www.turkishminute.com