Tutores nomeados para 25 escolas e cursinhos
Tutores foram nomeados para 4 instituições de educação que incluem um total de 25 escolas privadas e cursinhos na província de Bursa, que fica no oeste da Turquia, em ainda outra ação do governo contra os simpatizantes do movimento Gülen na segunda-feira.
O 4ª Tribunal Penal de Paz de Bursa nomeou os tutores para 4 instituições de educação sub suspeita de serem membros e fornecerem apoio à assim chamada “Organização Terrorista Fethullahista/Estrutura de Estado Paralelo (FETO/PDY)”, nomenclatura usada pelo judiciário apoiado pelo governo para enquadrar simpatizantes do movimento Gülen.
Um total de 2.000 tutores supostamente foram nomeados para centenas de entidades privadas na Turquia ao longo dos últimos seis meses, em o que é considerado uma questão alarmante quanto à crescente controle do governo por todo o país.
O movimento Gülen é uma iniciativa social de base inspirada pelo erudito turco-islâmico Fethullah Gülen e que realiza atividades de caridade por todo o mundo, envolvendo educação, distribuição de ajuda humanitária e o fornecimento de água potável, especialmente em países africanos.
O presidente da Turquia, Erdogan, tem se referido ao movimento como “FETO” e também cunhou o termo “estado paralelo” para se referir as pessoas que se crê inspiradas pelas ideias de Gülen, especialmente os que estão dentro da burocracia do estado, depois que uma investigação de corrupção envolvendo Erdogan, membros de sua família e figuras de alto-escalão do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) explodiu em 17 de dezembro de 2013.
Erdogan acusou o movimento Gülen de tramar a derrubada de seu governo e disse que simpatizantes do movimento dentro da polícia tinham fabricado o escândalo de corrupção. Desde então, centenas de policiais foram detidos e alguns presos por supostas atividade ilegal ao longo da investigação de corrupção. Erdogan disse que realizaria uma “caça-às-bruxas” contra qualquer um com ligações ao movimento. O movimento Gülen fortemente rejeita as alegações trazidas contra ele.
Milhares de promotores, juízes e chefes de polícia foram transferidos, dispensados ou presos ou por estarem envolvidos com a investigação de corrupção ou baseando-se em alegações de terem ligações com o movimento. Também ocorreram muitas operações policiais contra comerciantes, professores, membros do judiciário, jornalistas e policiais que são acusados de serem afiliados ao movimento Gülen, também conhecido como movimento Hizmet.
O movimento Gülen fortemente rejeita as alegações levantadas contra ele.
Fonte: www.turkishminute.com