Nova operação dirigida ao Movimento Gülen mais de 100 pessoas detidos
Um total de 100 pessoas, incluindo empresários e empregados do banco credor islâmico Asya, foram detidas em nove províncias na Turquia como parte da operação de caça-às-bruxas, apoiada pelo governo, direcionadas ao Movimento Gülen, que é baseado na fé.
A operação foi baseada em Istambul, onde muitos endereços foram invadidos na segunda-feira logo cedo.
Reportagens divulgadas pela mídia disseram que altos executivos da Dumankaya Holding estavam entre os detidos. Contudo, uma declaração deita pela empresa mais tarde disse que alguns executivos foram convidados pela polícia a Unidade de Crimes Financeiros do Departamento de Polícia de Istambul para pedirem informação.
Essas reportagens disseram que 41 dos detidos eram funcionários do Banco Asya, incluindo Y. U., uma mulher que está no sétimo mês de sua gravidez.
Esperava-se que o número de detidos aumentasse para até 140 pessoas na investigação que é supervisionada pelo Gabinete do Promotor Público Chefe de Istambul Anatólia.
A operação, em que 100 pessoas foram detidas, supostamente é dirigida à assim chamada “Organização Terrorista Fethullahista/Estrutura de Estado Paralelo (FETÖ/PDY),” que é usada pelo judiciário, apoiado pelo governo, para enquadrarem simpatizantes do Movimento Gülen, uma iniciativa social de base inspirada pelo intelectual islâmico-turco Fethullah Gülen.
“Estado Paralelo” é um termo cunhado pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan em dezembro de 2013 para se referir a pessoas que se acredita serem inspiradas pelas ideias de Gülen, especialmente aqueles dentro da burocracia estatal.
Desde que uma investigação de corrupção que envolveu figuras próximas ao governo, e também os próprios membros do governo, veio à atenção pública em 17 de dezembro de 2013, foram realizadas muitas operações policiais similares direcionadas a comerciantes, professores, membros do judiciário, jornalistas e oficiais de polícia que são acusados de serem afiliados ao Movimento Gülen, também conhecido como o Movimento Hizmet. A investigação de corrupção envolveu o então Primeiro-Ministro Erdogan, membros de suas família e altas figuras do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP).
Erdogan acusou o Movimento Gülen de tramar a derrubada de seu governo e disse que simpatizantes do movimento dentro do departamento de polícia tinham fabricado o escândalo de corrupção. Desde então, centenas de oficiais de polícia tem sido detidos e alguns presos por suposta atividade ilegal durante o curso da investigação. Erdogan disse que realizaria uma “caça-às-bruxas” contra qualquer um ligado ao movimento.
O Movimento Gülen rejeita fortemente as alegações trazidas contra ele. E também não há um decisão judicial que declare o Movimento como um grupo terrorista.
Traduzido por: Renato José Lima Trevisan
Fonte: www.turkishminute.com