Piloto turco que escoltou avião de Erdogan na noite do golpe é preso por ligações a Gulen
Yunus Poyraz (29), um piloto que escoltou o avião do presidente turco Recep Tayyip Erdogan na noite da tentativa de golpe de 2016, foi preso juntamente com seu irmão piloto por um tribunal turco como parte de massiva caça às bruxas pós-golpe do governo turco visando supostos membros do Movimento Gulen.
De acordo com uma matéria do jornal pró-governo Sabah na quinta-feira, os irmãos gêmeos Yunus Poyraz e Emre Poyraz, que serviram nos Tigres do 192 Filo (SQN) da Força Aérea Turca em Balikesir sob comando da OTAN, foram presos como parte de investigações nas províncias de Esmirna e Konya. Yunus Poyraz foi supostamente designado para escoltar o avião de Erdogan em um F-16 logo após o golpe fracassado.
A matéria alegou que o Capitão Ibrahim Poyraz, o irmão mais velho dos gêmeos e também um piloto de caça, foi acusado com suposto envolvimento na tentativa de golpe. Ele também foi acusado de uma suposta participação em uma reunião do golpe na Academia de Guerra das Forças Armadas e seu suposto papel na tomada de escritórios militares na noite do golpe.
Já que o aplicativo de mensagens de celular Bylock não pôde ser encontrado nos celulares dos gêmeos, eles foram acusados de afiliação com o Movimento Gulen entre os militares turcos.
As autoridades turcas acreditam que o ByLock seja uma ferramenta de comunicação entre supostos seguidores do Movimento Gulen. Dezenas de milhares de pessoas, incluindo servidores civis, policiais, soldados, empresários e até donas de casa, foram ou despedidos ou presos por usarem o ByLock desde a tentativa de golpe.
O presidente Erdogan lançou uma repressão contra o Movimento depois de acusá-los de orquestrarem o golpe fracassado, apesar de o movimento negar fortemente qualquer movimento. Desde então, cerca de 400.000 pessoas foram investigadas por suspeita de ligações com Gulen.